8 de julho de 2011

'Eu sou comediante. Comediante faz piada. É simples', diz Rafinha Bastos


Depois do inquérito instaurado pelo Ministério Público para investigar uma suposta declaração de apologia ao estupro, o humorista Rafinha Bastos disse ao estadão.com.br, por email, que "descontextualizada, qualquer piada perde a graça e vira agressão".
O apresentador do CQC e do programa A Liga foi acusado de incentivar o crime em declarações dadas por ele entrevista à revista Rolling Stone, em maio deste ano. Na reportagem, consta que Rafinha teria dito em sua apresentação "Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho."; e "Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade."

A ação foi movida pelo Ministério Público através de um ofício encaminhado ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital nesta quinta-feira, 7. "O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado", justifica a promotora Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar da Capital.

* Veja a íntegra da resposta de Rafinha Bastos, via email, ao estadão.com.br:


Eu sou comediante. Comediante faz piada. É simples assim.
Nunca subi num palanque. Tudo foi dito no palco, um ambiente que por si só já carrega uma desconstrução.

Descontextualizada, qualquer piada perde a graça e vira agressão.
O absurdo desta história é a exploração que a mídia está fazendo em cima do assunto e ainda mais absurdo é eu vir a público explicar uma piada.

Não goste do que eu digo, não me siga, me odeie, mas não me impeça de falar, de brincar. Espero continuar tendo liberdade pra dizer o que eu quero, por mais absurdo (e engraçado) que isto seja.

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